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Capítulo 29
Capítulo 29
“Você está seguindo até o ateliê dela, é?” Dioniobservou Noe Serpa dirigindo o carro,um sorriso malicioso nos lábios. “Se precisar de ajuda, posso te dar uma mãozinha.”
“Como assim?”
Noe Serpa virou–se para ele pelo retrovisor,seus olhos encantadores quando sée sedutor quando sorria. Seu chaera tão intenso que não surpreendia o fato de tantas mulheres na Cidade Nova o desejarem – afinal, Noe Serpa era um homem de grande atrativo fisico.
Dionisio, observando o sorriso de Noe, também curvou os lábios, “Você já entendeu, não é?”
“Ela provavelmente não vai aceitar.”
Noe Serpa pensou por um momento e, vendo Inês entrar no estúdio, estacionou o carro na beira da estrada, pegou um maço de cigarros e ofereceu um a Dionino banco de trás. Então ele disse: “Precisamos de um motivo, algo que possa legitimar… fazê–la aceitar.”
“Isso é simples.” Dionidisseum sorriso sugestivo. “Deixecuidar disso.”
Noe Serpa o lançou um olhar desconfiado. “Não conem você.”
Dioniriu. “O que tem para não confiar?a sua ex–esposa, eu sou…”
Follow on NovᴇlEnglish.nᴇt“O que exatamente?”
Noe Serpa rangeu os dentes. “Mesmo depois do divórcio, ninguém vai tocar nela, você pode esquecer disso!”
“Qual o é?”
Dioniriu como se tivesse ouvido uma piada. “Você é assim afinal? Mesmo divorciado ainda assim não a deixa em paz. E se ela gostar de mim? Não poderei fazer nada.”
Noe Serpa rangeu os dentes. “Divorciado ou não, ninguém mais vai tocar nela,
esquecer!”
dem
Rindo, Dioniacendeu o cigarro sem dizer mais nada. Depois, os dois fumaram em silêncio. jogando as bitucas no lixo do carro e respirando fundo.
Ajeitando o colarinho, Dionídisse, “Então, eu vou descer aqui.”
“Se cuida“, aconselhou–lhe Noe Serpa.
Dionipiscou. “Pode deixar.”
Quando Dionientrou no ateliê de Inês, tanto Santiago quanto Inês ficaram surpresos.
Naquele momento, Inês estava inclinada sobre a mesa de desenho, apressadaseu trabalho, usando óculos de grau emechas de cabelo caindo delicadamente sobre o rosto. Ela parecia tão serena e encantadora de perfil
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Dioninão pôde deixar de pensar: uma pessoa assim, ela seria mesmo capaz de cometer um assassinato?
O incidente de cinco anos atrás… será que ela tinha sido injustamente acusada?
Santiago reconheceu Dioniimediatamente e se aproximou, dizendo, “Dionisio, o que traz você aqui hoje…?”
“Estou aqui para encontrar vocês.” Dionifalou calmamente, mantendo uma presença imponente, e sorriu para a surpresa de Inês. “Sra. Guedes, nos encontramos novamente.”
“Inês, tudo bem.” Ela arrumou os papéis e se levantou para servir um café para ele. “O estúé simples, fique à vontade.”
“Não, a decoração está ótima.”
Dionideu um gole no café, e imediatamente reconheceu o café de gota a gota. Levar uma tarde inteira para filtrar o café gota a gota por mde papel filtro era algo que apenas alguémtempo livre faria.
Ele olhou ao redor do estúdio, que estava decoradoum estilo pessoal marcante e uma bela estrutura espacial, digno de ser chamado de criativo. A mesa onde Inês trabalhava antes era semicircular, e girando mcirculo revelava três monitores de computador. Não muito longe, havia uma pilha de rascunhos, provavelmente a rotina diária de trabalho deles.
Follow on Novᴇl-Onlinᴇ.cᴏmDionísentou–se num sofá circular, cruzou as pernas e sorriu para Inês. “Sra. Guedes, a senhora mentiu da última vez, não foi?”
Inês hesitou, mas manteve–se disfarçadamente desentendida. “Dionísio, a que devo a honra de sua visita hoje?”
“Precisamos da sua ajuda, Dawn.”
Dionicolocou a xícara de volta na mesa e olhou para Santiago, que ainda estava tentando entender a situação. “Na última vez, você negou que Dawn fosse o seu nartístico. Eu entendo o seu humor
naquele dia, mas, Sra. Guedes, estamos pedindo a sua colaboração desta vez. Esperamos que você participe do nosso novo projeto. Por isso, eu vim aqui hoje, espero que você nos dê uma chance de colaborar.” Falouum tom que era nem humilde nem arrogante. Inês mordeu o lábio, e finalmente Santiago recuperou o juízo. “Vocês querem que minha irmã participe do design?”
Dioniassentiu. “A empresa vai lançar uma nova coleção de vestidos de noiva para o inída primavera do próximo ano.”
Inês instintivamente encolheu os dedos, ouvindo Santiago dizer, “Agradeço a consideração, Dionisio, e lamento que você tenha vindo em vão. Minha irmã não desenha mais vestidos de noiva.”
A expressão de Dionimudou, provavelmente não esperando esse desfecho, e ele perguntou quase por reflexo, “Por quê?”
Foi então que Inês levantou a cabeça, seus olhos negros como um abismo engolindo todas as suas emoções, e disse. “Eu já não tenho mais esperanças no amor, por isso vestidos de noiva… não consigo mais desenha–los.”
Aqueles vestidos que uma vez fizeram alguém se sentir feliz, que testemunharam o florescer e frutificar do amor, em seu coração já haviam se tornado fragmentos, estilhaçados e despedaçados, sem jamais serem mencionados novamente.
Um amor falho e devastador havia destruido sua capacidade de sentir felicidade.
Dionificou chocado, sua boca se abriu como se quisesse falar algo, mas no fim, ele engoliu suas palavras.
Após um longo silêncio, ele disse calmamente, “Eu entendo… mas ainda assim, Sra. Guedes, espero que você pense bem. Mesmo que tenha sido ferida, deveria… deixar a ferida ver a luz do sol. Sua habilidade sempre será sua, e não pode ser destruida por ninguém. Eu acredito am você.”